terça-feira, junho 07, 2011

O discurso

1.

Nesta noite quero começar por saudar os portugueses. Todos os portugueses. Todos os Portugueses onde quer que se encontrem e seja qual for a preferência política que manifestaram no dia de hoje. É em dia de eleições que as democracias e as nações se afirmam.

Pois neste dia - neste dia em que o povo democraticamente falou e fez a sua escolha - é isto que sinto e é isto que quero dizer aos portugueses: hoje, como sempre, acredito profundamente em Portugal e no seu futuro. Portugal é fruto da vontade dos portugueses. Portugal é uma nação antiga, forte e capaz, que nunca se vergou nem ao pessimismo, nem à descrença. Os portugueses sempre souberam ser senhores do seu próprio destino olhando para a frente com confiança e com ambição. É dessa confiança e ambição que precisamos, neste momento. É esse Portugal que quero saudar.

2.

A democracia cumpriu-se hoje, mais uma vez. O povo foi às urnas, o povo falou, o povo fez as suas escolhas políticas para a próxima legislatura. Quero por isso saudar, com respeito democrático, quem ganhou estas eleições: o PSD. Já tive ocasião de felicitar, pelo telefone, o dr. Pedro Passos Coelho e quero renovar essas felicitações aqui, publicamente. E peço aos socialistas que me acompanhem nesse cumprimento democrático a quem venceu as eleições.

O que desejo ao dr. Passos Coelho, com toda a sinceridade, é o melhor: que as coisas lhe corram bem na difícil tarefa que tem pela frente. Desejo-lhe, sinceramente, o que desejaria para mim próprio e para qualquer outro que os portugueses escolhessem para governar neste tempo de dificuldades: que encontre, no fundo de si mesmo, a sabedoria, a prudência, a coragem e o sentido da justiça para liderar este País.

Sempre o disse, e às vezes fui uma voz isolada a dizê-lo: os tempos que temos pela frente exigem sentido das responsabilidades e espírito de compromisso. Nunca precisámos tanto de diálogo, de entendimento e de concertação como agora. E isso não muda com o resultado das eleições. Reafirmo, assim, diante do País, a disponibilidade do Partido Socialista para o diálogo e para os entendimentos que, em coerência com o seu projecto, sejam necessários para que o País possa superar esta crise que atravessamos. Os votos do Partido Socialista estarão sempre ao serviço de Portugal.

Agora como sempre, o Partido Socialista será fiel aos seus valores, aos seus compromissos e ao seu programa. E provará que também na oposição é possível fazer muito para defender Portugal e construir o futuro.

3.

O Partido Socialista, todos o sabem, disputou estas eleições em circunstâncias nacionais e internacionais extraordinariamente difíceis.

Os resultados são o que são: o Partido Socialista perdeu estas eleições. Mas é preciso que se diga: nas actuais circunstâncias, o PS teve um resultado que dignifica o Partido Socialista e o seu papel na história da democracia em Portugal.

Mas não me escondo atrás das circunstâncias. Esta derrota eleitoral é minha e assumo-a por inteiro esta noite.

Entendo, por isso, que é chegado o momento de abrir um novo ciclo político na liderança no Partido Socialista. Um novo ciclo político que seja capaz de cumprir aquele que é, a partir de hoje, o dever primeiro do Partido Socialista: preparar uma alternativa consistente, credível e mobilizadora para voltar a governar Portugal.

Já pedi ao Presidente do Partido Socialista, o nosso bom amigo e camarada Almeida Santos, para convocar para os próximos dias a Comissão Nacional do PS, de modo a marcar um Congresso Extraordinário e a desencadear, tão depressa quanto possível, o processo para a eleição de uma nova liderança e de uma nova direcção para o Partido Socialista.

Pela minha parte, encerro hoje mais uma etapa de um longo percurso de 23 anos de exercício das mais diversas funções políticas. Estou profundamente grato aos portugueses por me terem dado a oportunidade e a honra de servir o meu País e os meus compatriotas. Regresso, com orgulho, à honrosa condição de militante de base do Partido Socialista.

Quero dar espaço ao Partido Socialista para discutir livremente o seu futuro e afirmar uma nova liderança, sem qualquer condicionamento. Deixo, pois, a primeira linha da actividade política e não pretendo ocupar qualquer outro cargo político nos tempos mais próximos.

Mas serei, como sempre, cidadão. Cidadão nesta democracia, cidadão de corpo inteiro nesta República centenária. E na nossa República democrática, quem assume plenamente a condição de cidadão estará sempre na vida política.

4.

Todas as lideranças políticas cometem erros e eu terei, certamente, cometido alguns. Mas nunca cometi o erro de não agir e de não decidir. E não cometi o erro de fugir e de virar a cara às dificuldades, isso não.

Ocorrem-me, naturalmente, algumas coisas que porventura poderia ter feito melhor, aqui ou ali. Pelos resultados outros falarão a seu tempo. E o tempo é sempre o melhor juiz da obra realizada. Mas o que vos digo é que não me ocorre nada que os socialistas ou o Partido Socialista pudessem ter feito mais e melhor do que aquilo que fizeram ao meu lado, ao serviço de Portugal!

Ao longo destes seis anos, o Partido Socialista deu tudo o que tinha, honrando a sua identidade e o melhor da sua História. Soube ser, em todas as ocasiões, um Partido solidário, um partido forte, um partido de muita coragem.

Coube ao Partido Socialista enfrentar na governação tempos tão difíceis que um dia terão de ser estudados nos livros de História, tal como hoje se estudam outras grandes crises do passado. E fizemos o que tinha de ser feito, sem virar a cara. Tomámos medidas difíceis a pensar no futuro do País e aceitando correr os riscos partidários da impopularidade.

O contexto da crise económico-financeira, porventura, não permite a inteira visibilidade do muito que o País progrediu nestes últimos seis anos. Mas quero dizer ao Partido Socialista e a todos os que me apoiaram nesta campanha eleitoral que podemos ter perdido hoje estas eleições, mas não temos de recear o julgamento da História!

Fizemos juntos um longo caminho. Esta campanha permanecerá como um momento inesquecível da minha vida. Não sei o que mais poderíamos ter feito para ganhar estas eleições. Esse juízo deixo-o para outros. Cada minuto passado a pensar nisso é um minuto perdido para o futuro. O que sei é que o PS fez, nestas eleições uma grande campanha. Uma campanha muito forte, com muito entusiasmo e com muita mobilização. O Partido Socialista travou, por todo o País, um grande combate pelas suas ideias e pelo seu projecto político.

Quero, por isso, dirigir uma palavra de caloroso agradecimento a todos os socialistas e não socialistas que estiveram connosco, mais uma vez, activos e empenhados nesta campanha eleitoral. Agradeço à organização da campanha, aos dirigentes do PS, aos presidentes das Federações Distritais, aos nossos autarcas, aos voluntários e à Juventude Socialista, que se afirmou, uma vez mais, como uma garantia de esperança no futuro do PS!

Mas agradeço, sobretudo, aos militantes e simpatizantes do PS, que por todo o País saíram à rua para virem ao nosso encontro e fazerem desta campanha uma campanha vibrante. Tal como quero agradecer aos eleitores que quiseram hoje, com o seu voto, afirmar a sua confiança no projecto do Partido Socialista.

Mas devo uma palavra de especial reconhecimento àqueles que mais de perto, no Partido Socialista e no Governo, me acompanharam desde o início neste projecto exigente mas empolgante e que souberam sempre dar o melhor de si próprios. São pessoas, preparadas e capazes, que fizeram muito pelo Partido Socialista e, sobretudo, pelo País. Estou-lhes eternamente agradecido e quero deixar-lhes um forte abraço, de grande amizade.

5.

Permitam-me que dirija, também, uma palavra de agradecimento aos que me são mais próximos. Como já alguém disse, uma campanha eleitoral é sempre mais difícil para a família do que para os candidatos. Tal como o cargo de Primeiro-ministro, por difícil que seja, é sempre mais penoso para os filhos do que para o próprio Primeiro-ministro. Espero poder compensá-los agora com o amor de sempre e anos um pouco mais tranquilos.

6.

Caras amigas, caros amigos

Termino este mandato com o sentimento de serenidade interior, de quem enfrentou tempos difíceis dando o seu melhor, até ao limite das suas forças, ao serviço do seu País.

Não perderei um momento que seja a lamentar o que podia ter sido e não foi; ou o que podia ter feito e não fiz. Recordarei, isso sim, o que pude fazer convosco ao serviço de Portugal.

E também não levo nem ressentimentos nem amarguras. Não são essas as companhias que quero para os dias felizes que tenho pela frente.

Esta noite – especialmente esta noite – o meu coração está preenchido. Não há nele outro sentimento que não seja amor ao meu País, amor aos meus compatriotas. E gratidão. Uma profunda gratidão por os portugueses me terem dado a extraordinária oportunidade e a suprema honra de, como Primeiro-Ministro, poder servir o meu País - que é Portugal.

José Sócrates, 05 Jun 11

53 comentários :

raquel disse...

Grande discurso de um grande grande estadista. Não sei, no entanto, se o tempo lhe fará justiça. Espero sinceramente que sim. Mas o ódio é tão visceral, cego e enraizado que temo que JS continue a ser considerado injustamente o bode expiatório daqueles que permanecem na ilusão dos factos objectivos

Anónimo disse...

Belíssimo discurso que só veio confirmar quem é , de facto ,José Sócrates. Daqui lhe endereço as maiores felicidades para o futuro junto da família que deve ter a maior HONRA em tê-lo como membro. A História há-de fazer justiça a este grande Primeiro Ministro e a muitos dos Ministros do seu Governo, nomeadamente, Mª Lurdes Rodrigues, a melhor Ministra da Educação desde o 25 de Abril.

Tanto Mar disse...

Saudações para J.Sócrates,vai voltar em grande!!! esperem pelo ESTADISTA de verdade.

Anónimo disse...

Bravo! Grande discurso. Grande estadista. Um grande político a que não foi feita justiça. E que será sem dúvida feita justiça.
Espero que consiga agora ter animo e disponibilidade para tratar de todas as injúrias e calúnias de que foi vítima.

Sousa Mendes disse...

Uma lição de politica! Com este discurso colocou-se muitos furos acima dos seus detractores e da gente ordinária que o vilipendiou durante anos e, pelos vistos, como se viu pela ranhosa da RR e pelo resabiado do Moniz, não vai acabar.Em linguagem diplomática este discurso foi para os Velhos secos e ressabiados, leia-se Cavaco e Manela, uma bofetada de luva branca. Até teve elogios do MSousa Tavares que fez o contraponto com o discurso de vitória do velho seco do Restelo.

Carlos Diniz disse...

Vou imprimir e levar para o WC

Anónimo disse...

Ámen

Von

Anónimo disse...

Gostava muito do Zézito, andei com ele na escola industrial da covilhã. Era muito sério e honesto e gostava de ajudar os colegas de vez em quando pedia o seu cigarrito. Filho de pais simples. Ele nunca se devia ter demitido. Os outros partidos e a CS é que deram cabo dele, agora vamos ver para a frente como é que vai ser. Um beijinho Zézito

praianorte disse...

Maior como nunca outro.

José J.C. Serra disse...

é para lermos com teleponto ou sem? o homem fala bem - se é que foi ele quem escreveu o discurso - mas a obra que deixa é a bancarrota. compreende-se que o queiram defender nesta hora inesperada e amarga. sentidos pêsames.

escumalha nacional disse...

Nesta democracia cheia de tiques autofagicos, há uma "esquerda reacionaria" bolorenta, aliada preferencial da direita,que sobrevive do alimento...que ela lhe fornece sem contrapartidas.

Anónimo disse...

Bom discurso.. o seu problema sempre foram as atitudes e os resultados.
Já agora... entre tantos posts de vencedores e derrotados de 5 de Junho não houve um post para José Socrates? Ele não concorreu?

Anónimo disse...

Isto não é um discurso, é um epitáfio, mas por epitáfios prefiro o de Ruy Belo, aposto na sua campa rasa

Portas e Travessas.sa disse...

Um discurso quem perdeu as eleições, Sócrates - e o troca o passo que ganhou as eleições, o discurso é que ninguém conhece - não tem nada para dizer...não demora um ano

Anónimo disse...

até no discurso de demissão causa inveja aos direitolos, só por isso vale o próximo voto. até lá companheiro.

MFerrer disse...

Um discurso pequeno para o Homem! Enorme para a Democracia que temos!

Anónimo disse...

...E viva a psiquiatria!

Anónimo disse...

um animal político!

AL`garvio disse...

Até sempre,Sócrates!Ou talvez seja até já.

Anónimo disse...

Um discurso para ser estudado em Ciência Politica. Muito grande.

j. manuel cordeiro disse...

Puf

Também gritaram muito quando abafaram as perguntas da jornalista no Altis?

j. manuel cordeiro disse...

Ai que bom, estou emocionado. Agora, na oposição já aprovam os meus comentários.

cambada disse...

Ó FRITZ tem cuidado podes-te habituar....e sabes como é o vicio...

Anónimo disse...

vamos ajudar o PSD:

http://blaguedeesquerda.blogspot.com/2011/06/vamos-mudar-portugal.html

Anónimo disse...

Finalmente...JS, até nunca...

Victor Simões disse...

BRILHANTE. Não me ocorre de que corporação serão os dois ou três comentários roscas que estão aqui. Ocorre-me sim agradecer o trabalho de José Sócrates nas várias áreas da governação. E ocorre-me também, dizer a essa cambada que se concentrem no seu trabalho.

j. manuel cordeiro disse...

Se é comentário rasca deve ser da Ana Gomes.

Farense disse...

SUPERIOR!
UNICO! O MELHOR PRIMEIRO MINISTRO DA DEMOCRACIA!
O RESTO SÂO INTRIGAS E CONSPIRAÇOES DE FIGURAS MENORES SEM A QUALIDADE MORAL, DIMENSÃO POLITICA E COMPETENCIA TECNICA DE JOSE SOCRATES!

Anónimo disse...

Palavras, palavras, palavras, palavras, palavras, palavras, palavras e um teleponto. Nem na hora de saída deixou de se preocupar unica e exclusivamente com a sua imagem, melhor, com a imegem que quer que os outros façam dele, a imagem da realidade que só ele, e os que caninamente escrevem aqui, sonham. Sim, a história dirá o que ele foi. Então não a antecipemos, esperemos pela sua hora.

Anónimo disse...

ESTA ESCUMALHA,ESTES DETRATORES DO GRANDE ESTADISTA,JOSÉ SÓCRATES,AINDA VOMITAM O SEU ÓDIO CONTRA QUEM LHES É MUITO SUPERIOR.É ASSIM,AINDA ANDAM COM AZIA,PACIÊNCIA,VÃO GRAMÁ-LO MAIS TARDE,EM BREVE.

Anónimo disse...

A Fox News e o Trump têm alegres seguidores que se agarram à história do teleponto, cá como lá. Só quem não viu Sócrates na Assembleia a intervir espontaneamente é que se agarra a isso,só quem não conhece a diferença entre ler o que se conhece e defende e ler como um papagaio. Até na vitória são pequeninos.
Grande discurso revelador do homem que o proferiu, um grande estadista .

António Cordeiro disse...

Faço votos para que o julgamento não fique apenas pela história…

Anónimo disse...

Ó Miguel foste tu que lhe escreveste o discurso ou foi o outro tipo bicha que te acompanha que o fez ? É só para saber.

Anónimo disse...

Grande discurso.
Sim, grande, de extenso.
Porque de resto nada se aproveita.
Quem o escreveu deve estar a precisar de ir ao psico.

Luis Moita disse...

Em contraponto com um certo DISCURSO de bajulação nojenta, típica do CC e quejandos, aqui fica no lugar devido:

A última e patética farsa de José Sócrates

José Sócrates esteve igual a si próprio no discurso de derrota. E o discurso esteve igual ao previamente escrito e colocado no teleponto. Sem tirar nem pôr. Espontâneo “como sempre”, quem o ouvia parecia esquecer-se que a sinceridade que este pretendia transmitir estava a passar-lhe diante dos olhos, não vinha de dentro mas de fora, das letrinhas que iam passando mesmo à sua frente. Suava em bica. Tudo falso, tudo planeado ao milímetro até ao último pio desta figura. Muitos chamaram-lhe “atitude digna”. Eu chamo-lhe escrita criativa e teatrinho de vão de escada.

O que dizer da parte do discurso de derrota em que a plateia começou a gritar “NÃO! NÃO! NÃO! quando percebeu que o homem se ia demitir, e este se sai num falso-patético- comovido: “meus amigos não tornem isto ainda mais difícil”. Ó José coitadinho de ti. Ó José coitadinhos de nós de termos tido de levar contigo. Deixa-me chorar perante tamanho dissabor que te causámos. Ter de se despedir. Alguém o obrigou? Não ia lidar a oposição com dignidade se os portugueses assim entendessem? Não foi isso que andou a apregoar?

Dignidade seria este homem, o maior bluff político de sempre em Portugal, pedir desculpa aos portugueses pelos danos causados ao país, à sua economia e principalmente aos cidadãos nos últimos seis anos e meio. Exorcizar o mal antes de sair para a reforma dourada com o rabinho entre as pernas. Foram precisas três eleições legislativas para os portugueses perceberem com quem estavam a lidar. Três castings para finalmente decidirem se queriam continuar com este fraquíssimo actor político e fortíssimo actor a trabalhar na política. Foi preciso não haver esperança para Portugal varrer do mapa este vendedor de sonhos, ilusionista das promessas e profissional da fuga para a frente, um verdadeiro senhor do abismo.

“Não levo qualquer ressentimento ou amargura para os dias felizes que tenho pela minha frente” disse ainda com uma lata descomunal: nem amargura, nem ressentimento nem vergonha na cara pelos vistos. Não a leva porque deixa tudo para trás. Milhões de portugueses amargurados e desesperados. Queria que lhe pedíssemos desculpa por danos causados? Milhões de vidas condicionadas pela sua governação negligente, incompetente e completamente irresponsável. E o tempo e a justiça, se ainda existir neste país, decidirão se ficam por aqui os casos e muitos anos de delapidação deste país perpetuada por si e pela sua ranhosa comandita. Tenha vergonha!

Já que vai abandonar a política e não se lhe conhece outra actividade profissional nos últimos 30 anos, deixo-lhe uma pergunta – em que centro de emprego se vai inscrever? Ou será que os dias felizes que garante ter pela frente estão escritos nas estrelas, ou no teleponto?

Pedro Pereira disse...

Finalmente reconhece que cometeu erros, mais vale tarde que nunca!

Ana Margarida Lopes disse...

Relativamente aos hipotéticos erros cometidos por Sócrates. Aceitando que os problemas de Portugal resultam (apenas) da crise internacional. Esta começou em 2008, lembram-se do que se passou em 2009 antes das eleições? Aumento dos funcionários públicos em 2,9%, cheque-bébé, medicamentos gratuitos para os reformados de baixo rendimento… Recordam-se do programa eleitoral do PS? Era só grandes investimentos públicos, que era a direcção correcta para nos tirar da crise http://www.ps.pt/media/Programa_de_Governo_do_PS.pdf
O mínimo que poderemos dizer do PS e de Sócrates que falharam em prever a repercussão da crise internacional em Portugal, ou talvez que foram criminosas as medidas eleitoralistas que tomaram durante o ano de 2009.

Anónimo disse...

A par de Santana Lopes, Sócrates representou o que de pior teve até hoje a democracia portuguesa: palavras, sedução, facilidade de contacto, mas um vazio tremendo de ideias e uma falta de prática democrática a sério.
Sao dois a quem nenhuma empresa oferecerá emprego... a não ser talvez alguma pública, dos amigos.

Anónimo disse...

Melhor que o socrates...so mesmo Passos Coelho! ehehehehehehe Que ganda discurso! Que conteudo!! que projecçao do futuro!"
Nem nas estrelas nem no teleponto!
NIENTE! ZERO!

Ben Gurion disse...

A ENCENAÇÃO DE SEMPRE...
Um case study...
Felizmente Portugal já se livrou deste "Jekyll and Hyde"...!
Infelizmente, foi tarde demais, pois o "lúcido estadista" (?!) deixou o País atolado em dívidas...!

Anónimo disse...

"Primeiro-ministro da crise islandesa" está sentado no banco dos réus
07 Junho 2011 | 15:45
Jornal de Negócios Online - negocios@negocios.pt

Geir Haarde era o primeiro-ministro da Islândia quando o país se viu mergulhado na crise, em 2008. Aconselhou a população a ir à pesca, mas isso não salvou o seu governo. E agora está sentado no banco dos réus pelo seu papel no desmoronamento da banca.

Anónimo disse...

Não está na hora dos direitolas começarem a arregaçar as mangas e deixar o discurso do Socrates em paz? Deixar o CC em paz? É que o tempo urge e a competencia e apetencia para o trabalho não reina nas vossas hostes ...vão lá lamber as botas do Passos e do Paulinho e vão mas é trabalhar que o país vos pôs responsabilidades em cima que não quer ver desperdiçadas.Falam falam falam e trabalho que é bom nem ve-lo.

Anónimo disse...

O "tempo provará" que se tratou de mais um "acto" teatral mal interpretado, ainda por cima com um duplo 'ponto' em estéreo. De onde não conseguiu tirar os olhos.
Oxalá o verdadeiro PS ressuscite, enfim.

Anónimo disse...

Tal como disse Miguel Esteves Cardoso (24/3/2011) "ENTÃO ADEUS E ATÉ JÁ"

"Foi um primeiro-ministro corajoo e inteligente.Achar que Sócrates é culpado - que removê-lo chega para nos poupar - é uma estupidez de todos os tempos".

Então adeus e até já!
g.

Anónimo disse...

Tal como disse Miguel Esteves Cardoso (24/3/2011) "ENTÃO ADEUS E ATÉ JÁ"

"Foi um primeiro-ministro corajoo e inteligente.Achar que Sócrates é culpado - que removê-lo chega para nos poupar - é uma estupidez de todos os tempos".

Então adeus e até já!
g.

Anónimo disse...

Bem pode dizer: "atrás de mim virá quem de mim bom fará".
Espero que saiba sair, até aqui tudo bem feito. Veremos se nos próximos tempos sabe resistir à tentação de intervir. Se continuar a fazer tudo bem, poderá ser um bom candidato a Belém…

Anónimo disse...

GRANDE HOMEM E GRANDE PORTUGUÊS...O MELHOR QUE O PS E PORTUGAL TEVE...

Anónimo disse...

D. Afonso Henriques, D. João II, Luís Vaz de Camões, Fernando Pessoa, Aristides Sousa Mendes, Mário Soares, José Sócrates.
Os maiores Portugueses de todos os tempos.

MC disse...

Que discurso monumental. Será que podemos perder o contributo de José Socrates?

S. Bagonha disse...

Muito eu me vou rir com estes novos "democratas enfezados", de casaca nova, que aparecem agora de peito feito, valentaços, depois, e só depois, da derrota do Sócrates, cavalgando a onda, que isto de dizer mal do coitado tornou-se moda para estes néscios. E vou-me rir porque daqui a mais ou menos seis meses, fim deste ano, princípio do próximo, quando as medidas do PSD, não as da troika, as outras, as tais que vão mais longe, lhes começarem a doer a sério, vão engolir a língua, meter o rabinho entre as pernas, despir a casaca nova, e gritar aos quatro ventos,"malandros, enganaram-nos".
A parte boa disso é que vamos ver-nos livres dessa choldra por aqui, que nessa altura dizer mal e fazer piadinhas acerca do Sócrates já não terá gracinha nenhuma. Tenhamos pois mais um bocadinho de paciência, que lá para o Natal, muitos desses estarolas, alguns deles se calhar já na "rua" ou sem 13º. mês, já não terão vontade de brincar. Infelizmente, para este desgraçado país. E com um bocadinho de jeito, pode ser que os amigos deles também arranjem assim umas cargas policiais sobre grevistas e manifestantes, no mais puro estilo dos tempos do cavaco P.M.
A ver vamos, como dizia o cego.
Até lá vão rindo e brincando enquanto é verão. Mas cautela, o inverno vai chegar (lhes) mais cedo do que pensam. E vai ser frio como o caraças.
Quanto ao discurso do Sócrates, bom, é dos livros que os ignorantes tem tendência a criticar o que não entendem. E ele esteve bem acima daquilo que estas pobres mentes taralhoucas alguma vez entenderão.
P.S. Só mais uma coisinha, fartam-se de criticar o teleponto do discurso do Sócrates, que acho que foi a única coisa que eles perceberam, mas em relação ao discurso de vitória do vosso querido vencedor, nem um pio. Desconfio que também não perceberam nada do que o homem disse. Mas aí dou-lhes razão. É que ele não disse mesmo nada que jeito tivesse. Dentro daquilo que, aliás, é normal nele.

Anónimo disse...

Para bem da sua própria sanidade mental, espero que Sócrates, com grande pena minha, abandone de vez a politica neste Portugal dos pequeninos. É o caso típico do Homem que todos os untados pelos poderes e interesses, através da voz dos donos, se habituaram a odiar. Todos foram bem untadinhos, logo, logo, vão descobrir que o unto tem areia. Cavaco foi despedido porque não gostava de Carnaval, Santana porque era da copos night, Lapin será despedido na Rua por transformar o País em sociedade anónima. Estranho povo...

Anónimo disse...

E o Sócrates, foi despedido porquê?

Ernestina Sentieiro disse...

Também direi:"Então adeus, e até já".
Quanto a críticas alarves, só poderei dizer que o rancor não só ataca o coração como corrói o cérebro. A grande dimensão da mensagem foi o ponto mais forte da noite eleitoral. A Direita percebeu e por isso não parou de perseguir José Sócrates. Essa de continuamente o terem atacado pelo uso do teleponto é da mais completa estupidez e má fé. O teleponto é uma ferramenta usada por grandes figuras públicas, nos países do chamado primeiro Mundo, que têm preocupação com o rigor das palavras em situações importantes. Se calhar para eles bom é a baixaria arruaceira proferida por proeminentes laranjas na campanha eleitoral.