sábado, setembro 22, 2012

A despesa do Estado: Sócrates versus estarolas

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O quadro que acima se reproduz compara a despesa pública no 1.º semestre de 2011 e no de 2012. Depois de tanta conversa acerca dos cortes nas “gorduras do Estado” e nos “consumos intermédios”, fica-se a saber que o Governo de Sócrates — sem o corte nos subsídios dos funcionários públicos e dos pensionistas (no 1.º semestre, considerado um dos subsídios) — obteve melhores resultados do que a trupe da São Caetano que se alçou ao aparelho do Estado.

Com efeito, e não contestando a “bondade” do corte na despesa, verifica-se que a despesa primária caiu 7,9% no 1.º semestre de 2011, enquanto a despesa primária desceu apenas 1,6% no período homólogo de 2012 (cujo valor já é influenciado pelo corte do “13.º mês” aos trabalhadores do Estado e aos pensionistas).

Acresce que a redução da despesa pelo Governo de Sócrates não provocou os efeitos devastadores na economia e nas finanças públicas que agora estamos a sentir.

5 comentários :

Fernando Romano disse...

Senhor Miguel Abrantes, permita-me dirigir-me pela primeira vez diretamente ao senhor, sem pretender com isso uma resposta sua - escusada.

O senhor bem insiste em evidenciar a verdade de factos que são históricos e estão à nossa frente.

Mas há bocadinho abalei de frente da televisão, silencioso e indignado com o líder do maior partido da oposição, que parecia num "Prólogo", que, na estética da tragédia grega, anunciava o que os espetadores íam ver em ação a seguir: neste caso que refiro, ele explicou o que todos nós sabemos sobre o passado e o presente, e sabemos tanto que lhe poderíamos ensinar muita coisa que esqueceu; não contente com isso, quis apresentar-se como herói desse passado, onde se prometeram coisas que não se realizaram... (nunca diz porquê), lançando do mesmo veneno que espalhou subrepticiamente nesse tempo. Foi ao ponto de se apresentar como muito bom rapaz, qualidade com que quer chegar ao poder - daqui a três anos, e dele não esperem mais.

Mas no Prólogo da estética da tragédia grega, fala-se dos episódios seguintes, chega a dizer-se quem mata e quem vai ser morto, etc., etc., etc., e o Coro não é eliminado.

Talvez a votação manhosa no Diário Económico, que mobilizou mais de 50 mil votantes (tirando os que repetiram no comp. do lado)) sobre qual era o melhor líder do PS, mobilizando toda a oposição de então (e de hoje) para inflingir uma "derrota" a José Sócrates, num um contra todos..., tenha contribuído ainda mais para se esconder as verdades que o senhor Miguel Abrantes tanto se esforça por revelar. Sócrates ganhou "sozinho" contra os "tais todos". O DE tem que inventar coisa mais eficiente.

Não resisti a escrever este comentário.

Isto assim vai ser uma tragédia grega, mas os culpados não serão perdoados, porque estes culpados conheciam os factos. E eles andam aí...

Anónimo disse...

Eu não sou propriamente um grande adepto do anterior PM (muita propaganda…), mas a verdade é simples de ver, o governo do PS era bem melhor do que o atual (basta comparar Silva Pereira a Miguel Relvas…). E de certeza que iriam negociar de outra maneira com a troika. Os PSD (estes, os atuais) são muito subservientes!

E a novela da TSU? Teria ocorrido com Sócrates?

Deveria haver um artigo mais extenso a comparar os resultados dos dois governos. E outro sobre as PPP (sabiam que os encargos anuais com PPP eram em 2005 mais ou menos iguais aos de 2010?). Para que todos pudéssemos tirar as nossas conclusões.

Anónimo disse...

Ó anónimo, foi o governo de sócrates que negociou com a troika...!!!

É por essas e por outras que há gente que fala com saudades do sócrates...

Anónimo disse...

Peço desculpa anónimo das 04:56 mas está equivocado.
O PS negociou o primeiro memorando, já como governo demissionário , em situação de necessidade e mesmo assim conseguiu poupar os subsidios de férias e natal ás pessoas.
Já os imbecis que lá estão agora vão na quinta negociação e tudo o que têm feito com o pais é cortar salários, educação, emprego e saude.
Se calhar o mais racional é mesmo ter saudades de Socrates, porque estes, já se viu, não valem a lama que pisam.

Zé Campaniço disse...

Esta disputa entre simpatizantes PS e PSD sobre culpas e más governanças, faz-me lembrar a velha frase:chama-lhe P........, filha, antes que ela te chame a ti!