Solução madura para a dívida do sector empresarial do Estado

Maduro, o novo ideólogo do Governo, há dias no Facebook:

‘Quanto aos bancos eu tenho desde o inicio uma proposta diferente para lhes "cobrar" as responsabilidades que também têm (embora não exclusivamente) nesta crise. Porque não deixar ir à falência algumas das empresas públicas com um peso brutal na nossa dívida publica (como os transportes)? Isto já foi feito noutros Estados (Suíça e Bélgica por ex.). Os bancos que emprestaram a essas empresas sofreriam perdas mas sem riscos sistémicos para o sistema financeiro (até porque temos dinheiro para os capitalizar da troika). Os serviços públicos não seriam afectados nem os trabalhadores porque essas empresas poderiam recomeçar no dia seguinte. Sem o peso da dívida mas com uma disciplina acrescida porque passaria a ser claro que o Estado não se responsabiliza mais pela dívida dessas empresas. O importante seria distinguir claramente as dívidas com garantias do Estado (que este tem de pagar para manter a sua reputação em termos de crédito) das dívidas garantidas apenas pelas empresas (claro que a efectividade da minha proposta depende de nem todas as dívidas beneficiarem de garantias do Estado; já me disseram que sim e já me disseram que não...). Isto ajudaria a pôr termo, igualmente, à promiscuidade financeira que nos trouxe até aqui e permitiu a desorçamentação. Para o futuro os bancos deixariam de facilitar estas práticas pois não podem presumir uma garantia oculta e apenas política do Estado.’