quarta-feira, maio 08, 2013

O estranho caso do swap “Bermuda” da Senhora Secretária de Estado

Ontem no Jornal de Negócios (p. 10)

Já se sabia que Maria Luís Albuquerque, antes de ser secretária de Estado de Vítor Gaspar, aviava swaps na REFER. Já se sabia também que Maria Luís Albuquerque, depois de passar a ser secretária de Estado de Vítor Gaspar, encarregou um organismo que depende de si de averiguar as “perdas potenciais” dos contratos de swaps, organismo esse que escolheu para esse efeito gente que participou na elaboração de swaps.

Passado algum tempo, não se pôde, por “razões de Estado”, saber mais do que isto: há swaps tóxicos e swaps exóticos — e que os aviados por Maria Luís Albuquerque eram, na opinião da gente que participou na elaboração de swaps (seleccionada pelo organismo que depende da secretária de Estado de Vítor Gaspar), todos tóxicos exóticos.

Soube-se, entretanto, que, entre os swaps exóticos de Maria Luís Albuquerque, há uns mais tóxicos exóticos do que outros. Mas, em 2012, antes de esta matéria cair no domínio público, desapareceu da lista de swaps da REFER “um dos produtos mais exóticos de cobertura de risco”, “o fixed-fixed swaption Bermuda”.

Estranho, não é, que, vencendo apenas em 2026, esteja em parte incerta sem que ninguém seja capaz de indicar o seu paradeiro?

3 comentários :

Anónimo disse...

É um mistério do Triângulo das Bermudas!:)

Anónimo disse...

Esta gente devia ser toda presa e as chaves lançadas ao rio.
é incrivel até onde vai a criminalidade dentro do PSD...Socrates quis ser bonzinho, e para não ser acusado de enxamear o estado de bois deixou esta gentalha lá permanecer.
no fim foi acusado á mesma, de forma falsa, e quem se encheu á bruta foi a gente reles do calibre desta aldrabona.
devia ser cuspida na cara quando atravessasse a rua. Ladra!
Quanto ao desaparecimento desse swap toxico/exótico...para quê esperar até 2026 quando se pode dar um chorudo já ao banco que o negociou com a senhoreca.
Adivinhem lá onde será o próximo emprego dela quando sair do governo...

Anónimo disse...

Ora deixe-me cá ver se adivinho... Assim, ao acaso, arriscaria... Num grande banco, com um grande cargo directivo, cujas funções se resumirão a assinar papelada preparada por um batalhão de assistentes pessoais (que lhe indicarão, com o dedo, onde ela deve assinar) e a aceitar, com grande sacrifício (coitadinha) incontáveis milhões de euros por ano, entre ordenados «legais», trafulhices financeiras e possíveis «luvas»? será que adivinhei?