quinta-feira, junho 06, 2013

Da verdadeira situação na Horta Seca e da natureza do seu anão [7]

O resumo é simples: o ministro que fala da reindustrialização liderou o maior, mais rápido e violento ataque de que há memória às indústrias portuguesas que exportam produtos de valor acrescentado e que estão alinhadas com uma estratégia de defesa e crescimento do país. O ministro que se refere à burocracia como o primeiro de todos os males que afectam a economia portuguesa, é responsável pelo mais pesado sistema burocrático que alguma vez se viu neste país – o das guias de transporte; o ministro que enche a boca com uma imaginária luta aos lobbies e interesses instalados, alimenta, no seu gabinete mais chegado, uma rede de negócios e contrapartidas obscuras que fazem corar de vergonha os restantes membros do Governo, ao mesmo tempo que dá cobertura ao comportamento de grandes grupos de distribuição, que retribuem, relembrando a “muito boa impressão que têm” do anão da Horta Seca; o ministro que fala da redução de custos de energia, assegurou aos portugueses a mais alta factura energética que alguma vez pagaram; o ministro que tem sonhos molhados com o conceito de empreendedorismo, organiza o mais violento ataque a que se assistiu às empresas de inovação portuguesas, perseguindo e alimentando uma perseguição feroz a quem — como esta ou esta, por terem tido iniciativa e um governo perspicaz e orientado para as exportações que os acompanhasse — cometeu a imprudência de contribuir de forma significativa para a economia nacional quando José Sócrates era primeiro-ministro.

O primeiro-ministro a tudo assiste impávido e sereno mas quando também a Embraer abandonar o país todos se recordarão de quem a trouxe e de quem a perdeu.

_________
* Uma série de textos escritos pelo leitor Filomeno Carranca.

1 comentário :

josé neves disse...

Ainda me lembro e estou a ver de memória desconsolada este cagalhão de ministro a dizer inchado e perentório para a tv: "tudo o que Sócrates fez é para derrubar".
Era no tempo que os carros elécticos eram um desperdício de luxo e a toda e qualquer questão que lhe era posta o cagalhão respondia invariavelmente: "nós vamos dar a volta a isso".
Ao fim deste tempo, afinal, contata-se que este ministro nem atinge o valor de cagalhão pois este ainda serve para estrumar a terra e ajudar na reprodução da semente, ao passo que tal ministro não só não cria nada como ainda destrói o que foi criado.