sexta-feira, agosto 09, 2013

Básico como o FAL¹ a aviar recados


Da próxima vez que a “documentação fornecida por fonte oficial do Governo ao Expresso” chegar às mãos de Martim Silva, alguém lhe deveria fazer um boneco muito simples a explicar como funciona a Administração Pública. O exercício nem sequer exige especiais dotes para o compreender:
    1. Os políticos têm gabinetes para filtrar a documentação entrada, que deverá ser encaminhada directamente para o sector que trata dessa matéria específica;
    2. Por uma questão de organização, é guardada uma cópia da documentação em arquivo, sendo o original remetido para o ministério da tutela, acompanhado de uma informação na qual se sintetiza o assunto em causa, para efeitos de apreciação técnica;
    3. Com base na apreciação técnica feita pelos serviços competentes, os políticos tomam decisões.

Parece que os procedimentos estabelecidos não são susceptíveis de gerar dúvidas, mas, se Martim Silva, editor de política do Expresso, ainda assim se mostrar confundido, poderia ser mais simplificado o boneco que reproduz o processo de decisão no âmbito da Administração Pública: “os de cima” recebem as solicitações da sociedade, “os de baixo” dão o parecer técnico (não vinculativo) e, finalmente, “os de cima” decidem.

Foi o que aconteceu com a proposta apresentada pelo malogrado ex-secretário de Estado Joaquim Pais Jorge: a sua proposta para reduzir artificialmente o défice era complexa, foi analisada pelos serviços competentes e, em seguida, foi rejeitada pelo ministro Teixeira dos Santos por se mostrar contrária aos interesses do país. Como o ministro das Finanças explica aqui.

Sendo assim, como é que Martim Silva se sente capaz de redigir uma “notícia” na qual conclui, na sua escrita trapalhona, que o governo de então “quis fazer swap de Pais Jorge”? Sendo o parecer técnico do IGCP não vinculativo, não se ateve, apesar disso, o ministro das Finanças ao que nele era proposto? A decisão final não foi de Teixeira dos Santos?

Tendo-se tornado Joaquim Pais Jorge inútil ao “novo ciclo”, o que estamos assistir é a um novo disparo sobre o seu corpo já cravejado de balas.

Mas Martim Silva, ao dar o corpo ao manifesto, também não sai bem desta história. É preciso haver uma razão de peso para que Martim Silva se tivesse disposto a papaguear que houve “manipulação de documentos”, repetindo a declaração falsa de Marco António, que contraria até o que foi amplamente demonstrado por dois órgãos de comunicação do grupo empresarial a que pertence o Expresso.

Há momentos em que a desorientação é total e nem os assessores de imprensa informais conseguem omitir a sua condição.

_______
¹ FAL.

7 comentários :

Anónimo disse...

Será que este Martim, tal como o FAL, também quer chegar a Secretário de Estado?

O Tesouro/pote está aí mesmo à mão....

Anónimo disse...

Aposto que é o Martim quem irá fazer os próximos 'briefings'. Tanta eficiência na defesa destes incompetentes, não deveria perder-se, digo eu!

Anónimo disse...

Ó ca ganda frete ó Martim ....

Anónimo disse...

Isto é o tal jornalismo militante de que fala o pequeno grande arquiteto.

Anónimo disse...

Tirando, nalguns casos, a postura mais ou menos crítica de Nicolau Santos, a idiotia e a cretinice que grassam no Expresso é impressionante.

Aquele chefinho e jornaleiro (de dedo em riste, sabichão e de língua afiada), chamado pelo nome de Ricardo Costa, um espertalhuco saloio que até cria náuseas, conseguiu,descaradamente, transformar o Expresso, numa das maiores pocilgas que existem a céu aberto no país, em conluio com o disparatado e língua de trapos que é Henrique Monteiro.

Quanto ao burro e lerdo Martim Silva, só temos pena de tanta ignorância, impreparação e de alvitrar palpites que não colam com a realidade. Estes rapazes não prestam!

Anónimo disse...

Alguém sabe dizer por anda o famoso FAL?

Saludos.

Anónimo disse...

o objectivo do governo e do martim foi conseguido. no negocios também seguiram as instruções do governo. os danos anteriores foram reparados.