terça-feira, setembro 24, 2013

Ainda que mal pergunte… [159]

Hoje no Jornal de Negócios, Pedro Santos Guerreiro escreve:
    ‘A previsão da troika é de que a dívida pública portuguesa, segundo os critérios de Maastricht, atinja 124% do PIB em 2014. A OCDE aponta para 132%. Se considerarmos a dívida total das Administrações Públicas sem o sector financeiro (conceito bem mais amplo que a dívida de Maastricht), ela estava nos 167,8% do PIB em Junho deste ano. Qualquer que seja a métrica, o valor é demasiado elevado para uma economia sem crescimento. Sobretudo se as taxas de juro forem altas, como hoje, em mercado, são. Por isso é que é especialmente frustrante observar que ao fim de três anos de austeridade, dois dos quais sob resgate, o Governo não consegue livrar o Estado do défice. Cristina Casalinho, tão credível quanto insuspeita, aqui escrevia na sexta-feira: "Para se reduzir a dívida pública nos próximos vinte anos, seguindo as novas regras orçamentais europeias, a manutenção do défice público da última década exige um crescimento económico real de 8%." Impossível.’
Como é que, perante este quadro, há economistas que mantêm que tudo vai bem e alguns deles continuam a afastar a necessidade de uma renegociação da dívida?