sábado, dezembro 28, 2013

2013, O ANO QUE NÃO EXISTIU

• Miguel Sousa Tavares, 2013, O ANO QUE NÃO EXISTIU [hoje no Expresso]:
    ‘(…) se olharmos com mais atenção para trás, para estes dois anos e meio de intervenção externa, veremos que nada de substancial aconteceu. É verdade que se destruiu a economia para salvar as finanças públicas, mas enquanto que a economia foi destruída para uma geração, as finanças públicas continuam quase como estavam quando veio o resgate: fecharemos este ano com perto de 9 mil milhões de défice (praticamente o mesmo que tínhamos em 2011) e uma dívida pública ainda maior, cujo serviço de pagamento, mesmo que em grande parte empurrado para diante, continuará a representar um encargo cada vez maior e mais insustentável. É certo que, felizmente, todos os indicadores económicos começam a dar sinais, ou de retoma ou, pelo menos, de terem sustido a queda. Seria desonesto não o reconhecer, mas temo que tal signifique apenas que batemos no fundo e, quando se bate no fundo, só se pode subir depois. E o depois é uma geração sacrificada.

    (…)

    Portugal não se sustenta a si próprio com aquilo que produz: nem na energia, nem na alimentação, nem nas matérias-primas. Deve-se isso, em grande parte, à extraordinária visão do grande estadista Aníbal Cavaco Silva, que trocou tudo por dinheiros europeus: agricultura, pesca, minas e até o sector industrial, reconvertido no próspero negócio das mercearias, que encheu o país de comendadores e supermercados, liquidando o que restava de agricultura e comércio de proximidade. (…)’

2 comentários :

jose neves disse...

O MST tem fugido de experimentar a política para manter-se virgem de contradições entre dizer-fazer ao contrário de JPP e VPV que já a experimentaram e foram uma biblioteca de falhanços.
Contudo MST apenas pela observação atenta das análises políticas que tem feito e posições político-ideológicas que tem tomado terá sempre de ser encarado como mais um palavroso comentador sobretudo fundamentado no preconceito ou nas previsões da astrologia que apoiado no pensamento de ponta sobre filosofia, economia e capitalismo que permita uma visão erudita sobre o futuro.
Tal como os outros dois acima, as suas análises sobre estratégia política é precisamente a deste governo, trata-se de fazer análises tácticas sobre o momento. Por isso falham análise sim análise não e embarcam em colaborar na destruição do que é o melhor para o país. Erram frequentemente mas querem manter a razão levando-os a errarem sempre.

Anónimo disse...

e tudo verdade e o meu pensamento ha
bastantes anos ,um Pais que nao produz ,e um Pais abandonado e sem esperança !