terça-feira, janeiro 21, 2014

Da selecção natural à saída da zona de conforto

Depois de um secretário de Estado da Juventude (entretanto caído em combate), do Dr. Relvas (entretanto também descartado) e do próprio Passos Coelho terem apontado aos portugueses a porta da saída do país, outro governante decidiu comunicar hoje que a emigração de pessoas qualificadas para o estrangeiro “é positiva”.

Os convites (ou convocatórias) feitos aos portugueses para emigrar não resultam de momentos de aflição de governantes incapazes de encontrar uma alternativa à subida vertiginosa do desemprego. Trata-se, pelo contrário, do corolário lógico da aplicação de uma estratégia — a “selecção natural das empresas que podem melhor sobreviver”, nas pitorescas palavras de Passos Coelho — que tornou excedentária uma elevada fatia da população activa, havendo por isso que encontrar forma de se desfazer dela.

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