domingo, maio 04, 2014

Supervisão comportamental


O tribunal que condenou Jorge Jardim Gonçalves, Filipe Pinhal e António Rodrigues absolveu Christopher de Beck. Aparentemente, o tribunal aceitou a sua justificação de que não sabia nada sobre a utilização das offshores. Disse Christopher de Beck, antigo vice-presidente do BCP, em sua defesa, após ter sido absolvido: «A maior parte [dos créditos do BCP às offshores] eram subscritos pelos meus directores, entre os quais o Dr. Carlos Costa [actual governador do Banco de Portugal], que, durante muito tempo, foi o meu director da Direcção Internacional [no BCP]».

Carlos Costa era o director da Direcção Internacional do BCP e também não sabia nada sobre a utilização das offshores. É hoje governador do Banco de Portugal, o supervisor bancário. Dito de outro modo, cabe-lhe a última palavra em relação à supervisão prudencial, mas também no que respeita à supervisão comportamental.

Às vezes, fica-se com a ideia de que o mundo é um sítio estranho.

5 comentários :

Anónimo disse...

Não foi culpado de nada. Só vitima.
O culpado foi com certeza o malandro do porteiro ou no caso deste não existir, o motorista!

Anónimo disse...

E o Dr.Victor Constâncio é que era um malandro que não descobriu que os ladrões cavaquistas andavam a roubar às escondidas de todos mas com conhecimento deste sujeito?

Evaristo Ferreira disse...

O mundo não é estranho, o que há é muito garimpeiro estranho, disfarçado de honesto bancário, que deixa correr a nota sempre que a coisa vai de feição.
Este mundo é um paraíso fiscal para muitos cavaquistas, como é este senhor Costa.
O sistema está todo minado por gente como esta.

Anónimo disse...

A direita segue o lema - "acusa inocentes" para se meter no refugio, enquanto o pau vai e volta, folgam as costas.

Uma direita da pior espécie..

E, preparem-se para mais

Zé da Adega

João santos disse...

O licenciado Costa, nunca passou de um moço de recados no BCP.
De estranhar é que se soubesse quem era o sacana e que funções exerceu no BCP e mesmo assim tenha sido nomeado para o cargo que atualmente ocupa, durante um governo PS.
São estas voltas da política que nos fazem desacreditar em tudo e todos. Quando se está no poder não vale tudo.