sexta-feira, novembro 27, 2015

«Cavaco procurou até ao limite ter apoio
[para a constituição de um governo de gestão]»


Fernando Medina, na TVI 24:
    «(…) O Presidente da República, em primeiro lugar, demonstrou claramente que não simpatiza com a solução, que tem dúvidas sobre a solução. Em certa medida, tentou medir o pulso à sociedade portuguesa e ver se o seu sentimento tinha acolhimento na sociedade portuguesa — e a verdade é que não tinha. Dos mais vastos e diversos sectores da sociedade portuguesa foi ouvindo a mesma resposta: que era insustentável um governo de gestão no momento em que nós estamos pressionados a aprovar um orçamento, em que o país anseia pela normalidade do seu funcionamento e em que Bruxelas todos os dias reclama um orçamento e quando a solução alternativa era um governo de poderes diminuídos face a uma crise económica e social grave. Mas [um governo] com poderes diminuídos que se estenderiam por um longuíssimo tempo, porque, dado os nossos calendários, (…) só teríamos o Orçamento do Estado para 2016 em Setembro de 2016, isto é, vários meses depois de Portugal ser obrigado pelos tratados e pelos acordos internacionais a entregar o seu pré-orçamento, no âmbito do semestre europeu, em Maio, e quando tínhamos já o Orçamento de 2017 em Outubro. (…) Cavaco Silva demorou o seu tempo, creio que procurou até ao limite, talvez, ter apoio e ter respaldo para outra solução, mas constatou aquilo que me parece evidente: a solução é a que saiu do parlamento.»

5 comentários :

Anónimo disse...

Isto e, partindo do principio que o proximo presidente da republica, iria marcar eleicoes! Ou sera que iria chamar Antonio Costa pars formar governo? Em que estado estariam as contas publicas?

Anónimo disse...

O Pedro, de Massa Má, caíu da cadeira.
O governo "legítimo" que o "povo escolheu para ganhar as eleições" foi chumbado pelos deputados eleitos pelo povo.
Creio que se devia dar outra oportunidade ao Pedro, com uma solução que não seria inédita.
Instalava-se o Pedro no palácio de Queluz, a curta distância de Massamá, e os ministros e secretários de estado do XX Governo iam a despacho, como se o Pedro continuasse a governar.
Podia até criar-se um canal de televisão, a RTP 4, dirigida pelo Miguel Relvas, onde só se veriam notícias sobre a atividade do governo do Pedro.
Em tudo semelhante ao que aconteceu com o Botas de Santa Comba.
O Pedro merece.

Fernando Romano disse...

Cavaco quis reeditar a célebre "maioria silenciosa" de 28 de setembro de 1974, manifestação convocada pelos conservadores empedernidos, liderados por Spínola. Fez 41 anos em setembro último. Um fiasco.

Viriato disse...

Oh Fernando, foi um fiasco porque à direita faltam os tomates que o PS teve quando foi preciso travar o avanço da extrema esquerda em Portugal.
Nos momentos decisivos de Portugal foi sempre a esquerda que os teve no sítio.
A direita só se preocupa com o seu dinheirinho no banco e se possível outros que dêem o coiro por ele.
Curto e grosso!

Anónimo disse...

Digam o que disseram . O CS sempre mostrou medo nas relações mantinha com o seu 1º ministro - uma incógnita que um dia se ha-de saber.

Tó da Ameixoeira